sábado, 29 de outubro de 2011


Eis que essa semana eu me deparei com essa foto linda no We Heart It. É uma foto simples, mas que por ter uma mensagem bonita, passou a ser incrível para mim e eu explicarei por quê.
Eu sempre fui magricela, bem magra mesmo, e por esse motivo sofri muito com apelidos como “Olívia Palito” ou “esqueleto”, entre outros. (Acreditem, eram muitos!)
À medida que eu fui crescendo, e via as minhas amigas “ganhando corpo” e eu não, eu meio que criei um complexo com meu próprio corpo. Não usava shortinhos a não ser em casa, não tinha vontade de ir à praia ou clubes por vergonha de usar biquíni, comecei a ter “antipatia” pelas minhas pernas por serem muito finas, entre outras coisas.
Passei boa parte da minha adolescência assim, até que aos poucos eu fui entendendo que cada pessoa é de um jeito, fui aprendendo que a gente tem que olhar no espelho e gostar do que ele mostra. Entendi que é beleza é muito mais do que roupas legais, sapatos bonitos ou um rosto maquiado, é algo que vem de dentro. Claro que roupas, sapatos, maquiagem – dependendo do quanto – fazem com que a gente se sinta mais bonito (a), mas não é isso que determina se somos bonitos ou não.
Com isso eu fui gradualmente diminuindo o comprimento das bermudas, fui trocando as calças por vestidos vez ou outra, até que um belo dia eu resolvi que eu iria usar tudo o que eu quisesse, da maneira como eu quisesse, independente de pernas, joelhos, cabelo ou qualquer outra coisa.
Vi numa comunidade um rapaz relatando algo que aconteceu com ele – se conseguir postarei depois o relato – e ao final ele disse uma frase que eu gostei muito: “Esse relato serve pra dizer que não é necessário preocupar-se extremamente com a beleza, forma física, cada um consegue chamar atenção do jeito que é.”
Então antes de odiar aquela gordurinha, o cabelo muito volumoso, os olhos grandes, as pernas finas, o nariz imperfeito ou qualquer outra coisa que possa ser considerada imperfeição, pense que essa imperfeição faz parte de você, que ela é você e só será de fato um defeito se você permitir que seja.
Se pararmos de ver como defeito algumas coisas que não são como gostaríamos e focarmos na pessoa incrível que tem dentro de cada um de nós, certamente veremos no espelho algo tão bonito como, talvez, jamais tenhamos imaginado.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Viva la vida... enquanto é tempo.

Impressiona-me como o ser humano precisa de algo ruim na vida para dar valor às coisas boas. Eu explico.
Hoje, ao sair do colégio, fui com uma amiga e duas colegas dela a um supermercado perto da nossa escola. Elas pegaram carrinho, listinha, rodaram pra lá, pra cá e eu acompanhando. De repente começa uma movimentação estranha no mercado e passam por nós um rapaz algemado, outro homem – provavelmente o que o havia detido -, e se não me engano mais duas pessoas, entre elas uma moça aos prantos. Eles saíram do mercado e só ficou aquela inquietação ali dentro. Não mais que dois minutos depois escutamos os disparos. O rapaz que havia passado por nós pouquíssimo tempo antes estava morto.
Isso mexeu muito comigo. Em um momento todos ali, eu acredito, não faziam ideia do que estava por vir e alguns minutos depois uma vida fora tirada.
A mensagem que eu tiro do que aconteceu é que a vida é curta, imprevisível e muito pouco valorizada pela maioria de nós.
E aí eu volto a falar de pequenos prazeres. Quantas vezes hoje, você já parou e contou quantas coisas maravilhosas você tem na vida? Sua família pode não ser perfeita, você pode não atender ao padrão de beleza estabelecido – não que isso seja uma coisa importante -, seus amigos podem não ser os mais descolados – não que isso importe também -, mas você tem o mais importante: uma VIDA.
Ela pode não ser a dos seus sonhos agora, mas pode se tornar em algum momento. Você só precisa fazer com que ela seja, ou pelo menos tentar.
Viva La Vida de Coldplay é uma música que remete a várias interpretações. Uns dizem que ela é de cunho religioso, outros que faz alusão à Revolução Francesa... Eu sinceramente não sei ao certo, mas acredito que ela, na verdade um trechinho dela, pode se aplicar ao contexto que eu estou propondo. Pode até ser uma aplicação equivocada, mas eu a farei:
Aproveite enquanto você anda pode dominar o seu mundo, pode abrir seus oceanos de escolhas e oportunidades... Amanhã infelizmente estaremos dormindo sozinhos, mas isso não será tão ruim se tivermos feito nossas vidas valerem a pena e se tivermos valorizado-a como ela merece.