terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

"Amizade precisa de toque."

Um fato – infeliz, talvez – sobre a vida: boa parte dos seus amigos não vai durar para sempre. Aquele amigo da 5ª série que sabia por quem você nutria uma paixonite, então, tem grandes chances de ser um dos que se perderão nessas nossas andanças de gente que tá crescendo. 
Sempre terei na memória o momento em que eu escutei a frase que intitula este texto. Eu estava no cursinho, era aula de Literatura e meu professor estava falando sobre o livro “O Desterro dos Mortos”. Fiquei com ela na mente e só conseguia pensar em todos os amigos que tive e tenho e acabei constatando que ela está correta.
A observação aqui é que esse “toque” vai além do físico. Não é apenas ver o amigo todos os dias ou ir à festas com ele aos finais de semana, apesar de esse tipo de proximidade ajudar muito para que o laço não afrouxe. Falo também de telefonemas, recados ou qualquer tipo de contato, coisas que infelizmente a correria do dia a dia e o fato de tornar-se alguém com muitas responsabilidades não nos permite fazer com tanta frequência. A verdade, porém, é que não dá para manter amizade com tooodas as pessoas que passam por nós. Acredito até que existem as que devem ficar apenas por um tempo e depois seguir viagem, levando algo da gente, deixando algo de si. Tem até as que nos fazem sentir que nunca devíamos tê-las conhecido... Mas o que importa são as que queremos que continuem conosco. 
Não sei... acho que no fundo só estou tentando dizer para algumas pessoas, que se fizeram presentes em algum ou alguns momentos e depois se foram, que sinto saudades e agradeço pela participação na minha vida, mesmo sabendo que elas nem lerão isso daqui. Confesso que ainda não sei lidar muito bem com a ida de quem só representou coisas boas para mim, mas é desse jeito que funciona. Paradoxalmente a essa falta de habilidade, penso até que é melhor assim, poucos amigos. 
No mais, espero fazer meu toque chegar aos que ainda estão comigo, seja com beijos e abraços apertados ou recadinhos e telefonemas demorados. 





quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dando as caras.

Mais de três meses sem dar as caras por aqui faz parecer que o blog de meio abandonado, se tornou abandonado por completo. Mas não, não abandonei o Amélie Magricela. A imagem aí embaixo explica bem a razão para eu não ter dado as caras por aqui. Essa é a minha realidade no momento e vestibulando que se preza e quer entrar numa universidade pública, tem que "comer livro" mesmo, como dizem as pessoas por aqui; ainda mais se o curso desejado for o tão concorrido Direito.
Em contrapartida, desde o comecinho do ano venho tendo umas ideias de postagem. Ir estudar em um local diferente, estar em contato com pessoas diferentes, passar todos os dias pelo Centro da cidade, tem contribuído para que eu sempre encontre algo que queira compartilhar aqui. Já tenho alguns rascunhos salvos, para serem desenvolvidos e publicados aos poucos.
Não sei se as pessoas que costumavam fazer uma visitinha ainda o fazem, visto que isso daqui ficou meio entregue por tanto tempo e que não tem aquela divulgação. Mesmo assim, um sinal de vida foi dado e o recado passado.
Até mais e os livros me esperam! ;*



sábado, 28 de janeiro de 2012

Hoje eu acordei assim, com vontade de jogar tudo para o alto. Fiz isso!
Agora estou aqui, esperando o que há de ser meu voltar.


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Que tal esvaziar sua xícara?

"Para provar novos chás, é preciso esvaziar a xícara."
Por mais que Caio Fernando Abreu seja bastante clichê, eu gosto muito das frases dele, e essa em especial porque assim que eu a li me vieram à mente reflexões sobre algumas coisas na minha vida.
Com o início de um novo ano, involuntariamente fazemos planos, promessas, estabelecemos novas metas, só que para se chegar a tudo o que prometemos ou desejamos, os nossos chás, é necessário que algumas medidas ou ações sejam postas em prática, ou seja, algumas xícaras terão de ser esvaziadas. E sabendo que esse novo ano tem chás deliciosos esperando por nós, por que mantermos ocupadas as xícaras com os chás que nos impedem de saborear esses que estão nos esperando? Por que não jogar fora o chá velho para que a xícara esteja pronta para receber o novo?
Eu por exemplo, quero experimentar alguns chás como o da aprovação no vestibular, de conhecer pessoas diferentes ao longo do ano, de aprender coisas novas, de melhorar como pessoa, e para isso terei que tirar a preguiça, a falta de foco, a timidez, a insegurança, entre outras coisas, de algumas das minhas xícaras.
Imagino que você também tem alguns chás que gostaria de poder saborear, mas precisa abrir espaço. É quase como nosso guarda-roupa: se não tiramos as roupas que não servem mais, não sobram cabides e gavetas para as novas.
Então se você tem metas e desejos para esse ano e algumas xícaras ocupadas com chás que já não servem mais ou que te impedem de chegar ao novo chá, esvazie o recipiente! Não importa se você vai fazer isso aos pouquinhos ou de uma vez só, o importante é ter uma xícara vazia para que o novo chá possa enchê-la (:



sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Jogo do Contente (:

Tinha dez anos quando ganhei o livro que mudaria para sempre o meu jeito de ver as experiências negativas pelas quais eu passaria. Pollyanna - ou Poliana em algumas editoras - de Eleanor H. Potter.
O livro conta a história de uma menina de onze anos, órfã, que depois da morte do seu pai, passa a morar com sua tia Polly, uma mulher completamente tradicional e nem um pouco dada a demonstrações de afeto.
Apesar das dificuldades pelas quais Poliana passou e iria passar, a menina tinha sua filosofia de vida centrada no “Jogo do Contente”, que havia aprendido seu pai. O jogo “... se resume em encontrar alegria, seja lá no que for”, como a própria Pollyanna explica no livro. Tudo começou quando a menina pediu ao pai uma boneca e recebeu muletas para criança, por engano, em seu lugar. Claro que como toda criança a menina ficou chateada, mas foi então que seu pai lhe ensinou o jogo.
"Mas o que tem de alegria em ganhar muletas ao invés de uma boneca?". Ela não precisava delas. Era sadia, tinha pernas ótimas. A partir daí a menina passou a praticar e também a ensinar a todas as pessoas com quem ela topava, ao longo da sua trajetória, o seu jogo.
Depois de acompanhar a história da menina, eu fiquei me perguntando "por que não jogar também?". E foi o que eu comecei a fazer. Cada vez que eu me encontro em alguma situação ruim, eu começo a procurar o lado bom que tem nela e muitas vezes eu consigo. Admito que nem sempre é fácil jogar, às vezes só consigo enxergar o lado bom depois que aquilo já passou.
Você pode estar agora pensando em uma infinidade de situações ruins e se perguntando se realmente é possível que haja algo positivo em alguma delas. “O que tem de bom em acordar cedo todos os dias pra ir estudar/trabalhar?”. Ué, você pode acordar! Você pode se levantar, e se enfeitar, e ver gente, e aprender, e tem a chance de fazer do seu hoje melhor do que ontem. “Só falta agora você me dizer que perder um dia lindo na praia por causa da chuva pode ser bom.”. E não pode? Vai dizer que cineminha em casa não é legal? Entre tantas outras situações, muitas vezes mais complexas até, que se a gente parar pra pensar tem um lado muito melhor.
Por isso, antes de começar a praguejar, a reclamar, a se lamentar, pense que apesar de todos os aspectos negativos, existe um lado bom para tudo. E se não encontrar a alegria, guarde a lição. Experiências servem para isso, apesar de nunca sabermos ao certo para onde elas nos levarão.

p.s.: já fica a dica dos livros para quem se interessar. Pollyanna e Pollyanna Moça ;)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Um sinal de vida :)

Ultimamente com o corre-corre do colégio – apresentações, seminários, provas finais, etc. – e com o vestibular, eu não tive tempo para sequer pensar em postagens.
Eu não fazia ideia, mas existem pessoas que visitam meu blog *comemora* e por esse motivo que eu resolvi fazer essa postagem. Não tem nenhum texto, nenhum desabafo, nem nada disso. Apenas a foto dos livrinhos que eu comprei na 10ª Bienal do Livro que aconteceu aqui na Bahia, entre os dias 26 de outubro de 06 de novembro.
Apesar da correria eu tirei um tempinho e fui para a Bienal (a próxima só em 2013, eu não aguentaria tanto tempo rs). Então para não ficar mais tempo sem postar, eu vim mostrar minhas novas aquisições literárias. Espero ter feito boas escolhas :D



 p.s.: ignoremos o meu não-talento para fotografias ;P

sábado, 29 de outubro de 2011


Eis que essa semana eu me deparei com essa foto linda no We Heart It. É uma foto simples, mas que por ter uma mensagem bonita, passou a ser incrível para mim e eu explicarei por quê.
Eu sempre fui magricela, bem magra mesmo, e por esse motivo sofri muito com apelidos como “Olívia Palito” ou “esqueleto”, entre outros. (Acreditem, eram muitos!)
À medida que eu fui crescendo, e via as minhas amigas “ganhando corpo” e eu não, eu meio que criei um complexo com meu próprio corpo. Não usava shortinhos a não ser em casa, não tinha vontade de ir à praia ou clubes por vergonha de usar biquíni, comecei a ter “antipatia” pelas minhas pernas por serem muito finas, entre outras coisas.
Passei boa parte da minha adolescência assim, até que aos poucos eu fui entendendo que cada pessoa é de um jeito, fui aprendendo que a gente tem que olhar no espelho e gostar do que ele mostra. Entendi que é beleza é muito mais do que roupas legais, sapatos bonitos ou um rosto maquiado, é algo que vem de dentro. Claro que roupas, sapatos, maquiagem – dependendo do quanto – fazem com que a gente se sinta mais bonito (a), mas não é isso que determina se somos bonitos ou não.
Com isso eu fui gradualmente diminuindo o comprimento das bermudas, fui trocando as calças por vestidos vez ou outra, até que um belo dia eu resolvi que eu iria usar tudo o que eu quisesse, da maneira como eu quisesse, independente de pernas, joelhos, cabelo ou qualquer outra coisa.
Vi numa comunidade um rapaz relatando algo que aconteceu com ele – se conseguir postarei depois o relato – e ao final ele disse uma frase que eu gostei muito: “Esse relato serve pra dizer que não é necessário preocupar-se extremamente com a beleza, forma física, cada um consegue chamar atenção do jeito que é.”
Então antes de odiar aquela gordurinha, o cabelo muito volumoso, os olhos grandes, as pernas finas, o nariz imperfeito ou qualquer outra coisa que possa ser considerada imperfeição, pense que essa imperfeição faz parte de você, que ela é você e só será de fato um defeito se você permitir que seja.
Se pararmos de ver como defeito algumas coisas que não são como gostaríamos e focarmos na pessoa incrível que tem dentro de cada um de nós, certamente veremos no espelho algo tão bonito como, talvez, jamais tenhamos imaginado.